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Empresas De Todo O País Na Fila Para Estrear Na Bolsa

Empresas de todo o país na fila para estrear na bolsa

2018 começa com a perspectiva de um grande número de estreias de empresas na bolsa, muitas delas com sede fora do eixo Rio-São Paulo. Estão na fila da B3 para ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) o grupo de saúde nordestino Hapvida, a varejista gaúcha de materiais de construção Quero-Quero e a administradora de shopping centers HSI/Saphyr, de origem carioca mas que atua de Boa Vista (RR) a Sorocaba (SP).

Fontes que participam da estruturação dessas ofertas calculam em cerca de R$ 10 bilhões o volume que pode ser captado pelas companhias que já se posicionaram para o primeiro semestre, valor que pode alcançar R$ 35 bilhões no ano, segundo previsão de analistas.

Dois setores se destacam: shopping centers e saúde. No primeiro caso, além do HSI/Saphyr, está prevista a oferta do braço de shopping centers da JHSF Participações, operação estimada entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão, com recursos para o caixa e os acionistas. A holding do grupo busca melhorar o perfil da dívida. A companhia Almeida Júnior, de Santa Catarina, também tem planos para 2018.

Os maiores IPOs devem ocorrer no setor de saúde. Com atuação concentrada no Norte e Nordeste, a Hapvida pode movimentar entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões. A Notre Dame Intermédica, que desistiu de fazer a oferta em julho, volta à carga com IPO estimado em R$ 3 bilhões. A companhia foi comprada pela gestora americana Bain Capital, em 2015, por cerca de R$ 2 bilhões.

A Saneago, estatal de saneamento de Goiás, contratou Banco do Brasil, Bradesco BBI e Citibank para coordenar a operação que captará para os cofres do Estado.

Uma das primeiras operações do ano deve ser da varejista de artigos esportivos Centauro, que planeja captar de R$ 700 milhões a R$ 800 milhões no fim de fevereiro. A rede de lojas de brinquedos Ri Happy e a Quero-Quero também miram o primeiro trimestre.

A farmacêutica Blau e o mineiro Banco Inter completam a lista. Fontes do setor não descartam que operações que ficaram pelo caminho no ano passado, como as da locadora de veículos Unidas e da empresa de energia Neoenergia voltem para a fila. As condições têm sido favoráveis, com juros baixos e otimismo na bolsa. Nem mesmo o rebaixamento do Brasil pela Standard & Poor’s (S&P) azedou o humor dos investidores.

Fonte: Valor Econômico

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